As estradas, os montes, as águas estão mesmo em um estado de graça. Havia muito tempo que ele não se sentia tão, tão... indescritível. Fazia tempo que não via imenso panapaná.
E assim seguiu, caminhando por horas, por lugares misteriosamente maravilhosos. Mergulhou-se então em um mundo curioso, mundo esse que só existia pirlim pim pim.
Após sua grande jornada em busca de seu ouro, o pato, nem fizera muito esforço e, de repente, estava de frente com o seu triunfo. Ah.. agora sim pode-se dizer: Nunca se sentira assim antes.
Um atrito de fantasia e realidade. Dois olhares, dois sorrisos e, um amor.
O que sentira? Não sabe-se descrever. Sabe-se apenas sentir.
Os dias então, foram passando, hora a hora, minuto a minuto, segundo a segundo e... Sim, posso afirmar que, o tal do pato, intensificou cada centésimo de sua realização. Sorriu para cada surpresa. Gargalhou para cada gargalhada. Olhou para cada olhar e, bateu por cada batida. Como era recíproco...
E então, os milésimos disseram-lhe ADEUS, ou melhor, disseram-lhe um.. ''Até logo''.
O patinho, tristonho, despediu-se. Disse o tão desejável e indesejável: Até breve.
Logo, as estradas, os montes e as águas já não tinham tanta graça. Mas embora tão grande o preto e branco, os devaneios coloridos, aos poucos, traziam toda a doçura de volta.
(Renan W. P. Costa)