domingo, 22 de maio de 2011

Entre parênteses

Achar a tal luz no fim do túnel é tão difícil quanto entrar numa máquina do tempo e, voltar pra qualquer idade anterior. Lamentar não é a solução, eu sei.
Eu peço coragem aos superiores. Peço por coragem e por determinação. Eu peço para que o tempo passe, e, logo contradigo-me.
É de se frustrar. ''Faça o que falo e não o que faço'', já dizia não sei quem há não sei quanto tempo. Incrível a capacidade de aconselhar, de saber o que é certo e o que é errado. Incrível mesmo é a capacidade de fracassar diante de coisas que estão na ponta da língua.
Hoje sou uma agulha perdida. Sou mais pequeno que uma pulga. A minha coragem é menor que o meu filhote. O meu fracasso é maior que todos nós juntos.
Ora isso, ora aquilo. Amanhã serei outro... Não. Sou o mesmo todos os dias. Sou inventor de sentimentos. Sou ator, sou poeta.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Entre violinos

E no infinito do meu olhar, há magros e gordos. Há os que andam e os que parasitam.
São blocos, pedaços, grupos. Aqui perto tem branco, amarelo.
Lá longe tem vermelho e luxo. Aqui 'tá' frio, 'tá' quente-quente. Lá tá morno, tá GELADO!
Como é grande esse mundo. Como é grande o diferente.
Anos e mais anos melhoram minha miopia. Me aproximam do ideal.
Aqui! ali! onde? quando? Hoje! Amanhã! depois!
Quantas rosas, quantas flores indefinidas pela minha ignorância. Quantas interpretações erradas! Quantos jeitos diferentes de expressar.
Mesmo que eu não ouça o country americano nesse sertão do hemisfério sul, posso gritar por ele daqui, sem ao menos o conhecer.
Consigo ouvir as cordas gritando em meus ouvidos e me fazendo delirar.
Grite mais: "YOU, YOU AND I!". Eu quero mais, eu quero estourar meus tímpanos. Eu quero mergulhar na fantasia do conhecimento.


(Renan W. P. Costa)