sábado, 26 de maio de 2012

Pingo de chuva

Algumas ripas de madeira no meio do nada. Quedas cristalinas refletindo o céu amarelado. Um pouco de barro nos pés descalços, nas unhas compridas. Mangas cortadas debaixo de um pé de laranja lima. , , tio, tia, mãe, pai. Viola, cerveja e refrigerante. Primos se escondendo atrás de arbustos. Guerra de mamonas. Cheirinho de milho. Curau. Pétalas esbranquiçadas jogadas ao verde. Cachorro brincando. Bolo de nada e aroma de café. Vaca, boi, bezerro, leite. Porcos sem lama. Feijão, arroz, cebola, alho. Sorvete napolitano, gargalhadas. Colchão no chão. Um, dois, três cobertores. Travesseiros e almofadas. Pingos de chuva escorrendo pelo vitrô. Pingos de chuva escorrendo dos meus olhos neste momento.


domingo, 6 de maio de 2012

Andorinhas

A noite é breve.
Meus cílios se encontram,
transformam os anseios
em sonhos.
Estes saem pela fresta da janela ao amanhecer,
pousam nas asas de uma andorinha e,
são levados para seus devidos espaços.

Pondero incompetência alheia.
Minhas cordas suplicam por seu peso.
Todos os dias, cópias
deste sonho são lançadas.

Volte.