Aqui dentro do meu ovo, eu mando e desmando.
N'onde parece ser tão pequeno, é repleto de horizontes...
Águas que refletem almas, palhas que alimentam corações.
Aqui, à principio, só há espaço para amores.
Não, nesse ovo tem ciúme e egoísmo... Invasores exímios, que se infiltram pelas falhas na camada.
Camada que destruo todos os dias, facilitando o enfraquecimento do meu próprio lar.
Esses que se nomeiam sentimentos, mais resistentes que qualquer estafilococo, insistem em nos azedar.
Estragam qualquer lar, qualquer palha, qualquer amor...
Aqui dentro do meu ovo, eu destruo e azedo.
Aqui dentro no meu ovo, eu não mando e nem desmando.
(Renan W. P. Costa)
