Sobre meus olhos, a fumaça do cigarro sobe, levando junto dela, o amor. O amor que tanto prendo no peito. Como se não bastasse, logo depois vem as cinzas e escavam mais ainda a dor. Procuro por minhas asas em todo canto, sinto que não estou longe de encontra-las.
Enquanto um outro sentimento semelhante está sendo comemorado em alguns metros de distância, o meu aos poucos morre, naquele monte de espuma, suplicando por braços que não chegam.
Em tempos como esse, tudo dobra de tamanho. A cor do escuro impregna em meus olhos, assim como no meu coração. A nostalgia também está presente.
Quero ver o branco do novo ciclo, quero ver o vermelho da inocência..
Continuo esperando pelo amanhecer...
(Renan W. P. Costa)
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