quinta-feira, 2 de junho de 2011

Inventores

E o amor... Quantas faces ele têm? Afinal, será que ao menos ele existe?
O amor não existe sozinho, não há possibilidades de ''somente amor''.
É como se fosse um coração que precisasse de todo o resto para funcionar com êxito.
O amor precisa do oposto. Precisa de egoísmo e ira. Ele funciona como um epitélio que reveste os vilões. É um verdadeiro parasita, um inventor nada modesto.
O que não tenho de ''tantos anos vividos'', tenho de contos imaginários e físicos, lidos. Tenho livros, revistas, conceitos, e, todo o capitalismo para me indicar o que é e o que não é.
Nem mesmo os poetas mais românticos descobriram qual é a formula de ''sentir sem dor''.
Não.. não é nada disso. Chega de fugir da culpa. O amor não é falso-sentimento. E ele não precisa de nada oposto para sobreviver.
Esse que tanto almejamos, existe, porém o erro é coletivo: tentamos moldar o próximo. Tentamos fazer com que eles sigam um manual de instruções que defina a forma certa de amar.
Apontar os outros erros é mais fácil que assumir os nossos próprios. Desfaça então. Desfaça todas as condições egoístas, todas as idealizações. Viva o que é real. Viva o que lhe dão. Não cobre mais pelo impossível.

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